terça-feira, 12 de junho de 2012


Comunidade IFBA (Campus Vitória da Conquista),
Entre os dias 04 e 06/06/2012 foi realizada a SEMANA DO MEIO AMBIENTE no nosso Campus. É com imensa alegria que a Comissão organizadora do Evento vem compartilhar com toda a comunidade IFBA o sucesso desses três dias de discussão em torno do tema “POR UMA CONQUISTA SUSTENTÁVEL”. Contamos com uma rica programação composta por palestras, mini-cursos, mesa redonda, dança, desfile de roupas feitas com material reciclável e uma bela caminhada até a Lagoa das Bateias, onde ocorreram atividades recreativas e de Educação Ambiental. Tivemos a participação de mais de 200 pessoas só em mini-cursos. Entre os colaboradores de outras instituições, contamos com a participação de representantes da UNEB, UESB, EMBASA, SE MMA, COOPMAC , CREA, INEMA, IFBA (Campus Porto Seguro), IFBA (Rondônia) e CAMAPET (Salvador).
Contamos ainda com a colaboração de vários servidores e estudantes daqui do Campus Vitória da Conquista, que não mediram esforços em contribuir para que fosse possível a realização do nosso Evento, como palestrantes, ministrantes de mini-cursos e oficinas, monitores, recreadores, organizadores da exposição de painéis, participantes da comissão de julgamento do desfile de roupas com material reciclável, disponibilização dos recursos audiovisuais, divulgação do evento, pessoal técnico administrativo que viabilizou a compra de material e a vinda de pessoas de fora. Gostaríamos de deixar nosso especial agradecimento a:
- Direção geral (Paulo Marinho)
- Diretoria de Ensino (Durval e Ruas)
- Diretor Administrativo (Maribaldo)
- Cássio Viana (Departamento de Administração)
- Pessoal do Setor de compras (José Olímpio, Luciano e Reni)
- Pessoal do Setor de Comunicação Social (Renata e Tâmara)
- Pessoal do setor de pagamento (Jane e Cida)
- José Alves (Reserva de espaços, liberação de veículos e de motoristas)
- Setor de Informática (Dante)
- Setor de Audiovisual (Raimil, Celmário e Ramon)
- Pessoal terceirizado (limpeza, segurança e motoristas).
- Professores: Leonardo Barreto, Adenilde Souza, Deyna Âreas, Glauber Barros, Tácio Luís, Alberto, Elane Correa, Wdson, Graziela, Marcos Ferreira e o Coral de alunos do IFBA, Tamara Carpes e Sérgio Magalhães. Desculpe-nos se nos esquecermos de alguém, mas isso só mostra que realmente contamos com a ajuda de muita gente.
- Alunos de todos os Cursos Integrados, Subsequente (Meio Ambiente) e Superior de Engenharia Ambiental.
Gostaríamos de salientar que sem a colaboração e a boa vontade de todos vocês, certamente o nosso evento não teria o mesmo brilho. Queremos contar com o mesmo apoio para os próximos anos, que com certeza, serão ainda melhores.
Segue uma homenagem a todos vocês através de um clip da canção “O SAL DA TERRA” - de Beto Guedes e Ronaldo Bastos. Um verdadeiro poema de amor e repeito ao Meio Ambiente para a humanidade. Acesse o link  (vale à pena!):


“Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois”


Que Deus abençoe a todos!
Atenciosamente,

COMISSÃO ORGANIZADORA DO EVENTO
Professores
Nelma Bispo Silva

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A idéia de sustentabilidade: Entrevista com Enrique Leff


O economista mexicano Enrique Leff, coordenador da Rede de Formação Ambiental para a América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e professor do Curso de Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento da Universidade Federal do Paraná, fala a Página 22 sobre significados e interpretações da ideia de sustentabilidade.
O senhor acredita que, juntamente com a disseminacão da ideia de sustentabilidade, tem havido uma banalização e uso indevido da expressão?  Isso enfraquece e esvazia o valor da sustentabilidade, ou faz parte do processo de entendimento da ideia e de aprimoramento das práticas por parte da sociedade? Acredito efetivamente que a disseminação da ideia de sustentabilidade veio acompanhada de uma saturação do seu sentido, e com ela uma banalização e também perversão do seu conceito.  Além do fato de estar ocorrendo um esvaziamento do sentido de sustentabilidade, devemos compreender este processo como efeito de um desvio e ocultamento por parte dos que não estão interessados em acreditar no sentido da sustentabilidade e tentam seguir desconhecendo as leis de limite da natureza.  Apesar de o conceito de sustentabilidade nascer da crise ambiental como uma crise civilizatória de insustentabilidade ecológica da racionalidade econômica, ele não se traduz em uma nova consciência planetária capaz de desconstruir esta racionalidade insustentável e de recompor o mundo por meio da instauração de um novo conceito.  A sustentabilidade nasce no campo teórico-prático emergente da ecologia política e em torno deste novo conceito se estabelece uma verdadeira disputa de sentidos que abrem vias diferenciadas de reconstrução civilizatória.
Em sustentabilidade, cabem inúmeras interpretações e são feitas diversas apropriações e usos.  Esse entendimento difuso é prejudicial ou não?  Como afeta a implementação de ações práticas?  É preciso maior objetividade e detalhamento?  Se sim, de que forma isso deve ser buscado? Com efeito, no termo “sustentabilidade” cabem diversas interpretações que não só se desprendem da polissemia deste conceito novo, como das estratégias teóricas, conceituais e discursivas que se constroem para sustentar esses significados.  Não se trata simplesmente de que o conceito tenha se tornado difuso – coisa que também acontece ao não configurar-se seu sentido em teorias, programas e ações sociais coerentes – , mas de que ao final se fazem diferentes definições através de estratégias discursivas de apropriação do conceito.  A sustentabilidade adquire diferentes conotações dentro de diferentes paradigmas científicos, assim como dentro de diferentes estratégias teórico-políticas de construção da sustentabilidade.  Assim, podemos ao menos diferenciar o sentido economicista de desenvolvimento sustentável do sentido conservacionista ou preservacionista de sustentabilidade ecológica.  Destas interpretações, não só se deduz um conjunto de implicações éticas, mas que estas orientam diferentes práticas políticas na construção de novas racionalidades dentro das quais a sustentabilidade configura seus sentidos.
Estas diferenças e divergências conceituais não são claramente distinguíveis quando se usa um mesmo termo para designar significados diferenciados.  Pois se em espanhol podemos distinguir o desenvolvimento sustentável (sostenible) – como a via economicista de apropriar-se da sustentabilidade – de um conceito de desenvolvimento sustentável (sustentable), associado a uma racionalidade ambiental, em língua inglesa ambos os conceitos se confundem com o termo sustainable development, e em língua portuguesa com o “desenvolvimento sustentável”.  De maneira que somente a coerência de uma teoria ou de um discurso poderiam definir o sentido de uso destes termos.
Não se trata, pois, de resolver esse problema de definição mediante uma normativa do conceito, como uma purificação dos sentidos, e menos ainda através de um falso esforço por unificar seu significado.  Trata-se de compreender que a construção da sustentabilidade se produz em um jogo de estratégias discursivas da sustentabilidade que são, ao final, estratégias de poder no saber e que levam a uma confrontação de sentidos teóricos, políticos, éticos dos conceitos.  Sugerimos que a sustentabilidade (que é um desideratum, no sentido de apostar pela sustentabilidade da vida) será resultante de um diálogo de saberes que aceita e acolhe a alteridade não-resolvida dos sentidos diferenciados de sustentabilidade.
Quando falamos em sustentabilidade, estamos falando em sustentar exatamente o que, considerando que a humanidade já vive numa espécie de “cheque especial” em termos de exploração dos recursos naturais? Falamos, em princípio, da necessidade de dar sustentabilidade a uma racionalidade econômica que externalizou, objetivou, coisificou e finalmente negou a natureza; de incorporar bases, critérios e condições ecológicas na economia, para construir uma economia sustentável.  Quer dizer, se trata de construir um conceito que evite dar um cheque em branco à economia para mercantilização e exploração da natureza.  Mas os sentidos de sustentabilidade vão além da ecologização da economia.  No entanto, a economia resiste a incorporar a alteridade do ambiente e busca estender sua racionalidade a todos os âmbitos da vida e do ser, codificando e valorizando a natureza – os bens e serviços ambientais, a biodiversidade e a vida – em termos de mercado.
Em sentidos mais radicais, que se referem à sustentabilidade da vida, não se trata só de conservar a biodiversidade, mas de abrir caminhos para regenerar e fortalecer os sentidos da vida humana, para gerar condições de sustentabilidade desde os mesmos sentidos da vida.  Hoje se pede não somente uma ética da sustentabilidade, como a dos povos indígenas ao reivindicar seus direitos de organizar seus modos de vida – e inclusive de reverter a mudança climática – até os sentidos de bem estar.
Trata-se de uma construção social que haverá de se definir em um conjunto de práticas e ações pensadas, onde o pensamento haverá de conduzir a ação através da forma como as ideias, os conceitos e os imaginários sejam apropriados, no duplo sentido da palavra: apropriados para uma reconstrução dos vínculos entre cultura e natureza, entre economía e ecologia; e apropriados, quero dizer, incorporados nos marcos teóricos, os imaginários sociais e as estratégias políticas dos atores sociais da sustentabilidade.

disponível em http://pagina22.com.br/index.php/2010/07/entrevista-enrique-leff/ (acesso em 30 de Maio de 2012)

terça-feira, 29 de maio de 2012

Esclarecimentos sobre as inscrições

Prezados visitantes,

Estamos muito felizes pela receptividade de todos ao nosso evento. Isso mostra como nossa comunidade está comprometida, com o meio ambiente e com a ciência. Por gentileza, continuem nos ajudando a divulgar as atividades. Tivemos algumas dificuldades com as inscrições que já foram sanadas, e pedimos que se orientem conforme as seguintes instruções:

  • Os minicursos Ensaios ecotoxicológicos nos estudos de impacto ambiental e



29 de Maio - Dia do Geógrafo: Aziz Ab'saber e o Meio Ambiente

Hoje, no dia do Geografo, apresentamos um dos maiores cientistas da contemporaneidade: o geógrafo Aziz Ab'Saber (USP). Em Dezembro de 2011, o também notório geógrafo Ruy Moreira (UFF-RJ) em uma palestra feita em um evento de Geografia na UESB (Conquista) afirmou ser Ab'Saber uma das maiores referências para a ciência como um todo, mas sobretudo para a Geografia do Brasil  para a discussão sobre a crise ambiental contemporânea. Em 1992, o Prof. Dr. Aziz Ab'Saber discutiu os propósitos da Rio 92, fazendo duras críticas ao evento, aos países capitalistas desenvolvidos, e ao comportamento destrutivo das sociedades. O professor previa já antes da Rio 92 que a questão ambiental, após a realização do evento, se tornaria uma discussão muito mais ampla que o discurso do movimento ambientalista. Essa é uma entrevista histórica, que merece ser vista e revista por todos os interessados no tema. 


Infelizmente, em 15 de Maio de 2012, Ab'Saber faleceu em sua casa, após um longo legado de pesquisa sobre Geografia do Brasil, Meio Ambiente e Educação Ambiental. Era presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), foi consultor para assuntos do Meio Ambiente do governo Lula, do qual se afastou por não concordar com a forma como a questão ambiental era gerenciada, inclusive fazendo oposição ao novo código florestal. "Ab’saber foi autor de publicações importantes nas áreas de ecologia, biologia evolutiva, fitogeografia, geologia, arqueologia e geografia e acumulou prêmios como o Jabuti, Prêmio Unesco pela Ciência e Meio Ambiente, o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia (1999), concedido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e a Medalha de Grão-Cruz em Ciências da Terra pela Academia Brasileira de Ciências. Tem uma obra extensa sobre os ecossistemas brasileiros e é responsável por criar uma de suas classificações" (Revista Caros Amigos).

Espero que gostem!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

EcoEstilo: moda consciente

Lembranças do Ecoestilo 2011:





Agora é a sua vez: 

Desfile e concurso de roupas feitas  de materiais recicláveis na SEMANA DO MEIO AMBIENTE DO IFBA
PARTICIPE!
Inscreva sua arte, faça sua moda e desfile sua beleza com consciência!
smaifba.blogspot.com (inscrições online)